quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mentira.
Não negue para si mesma o quanto sempre soube do poder que tens.
é alto.
- alto? Eu nunca entendi o tamanho dessa altura.
- Alto do tamanho do abismo do teu olhar. Eu sempre tive medo...
- Medo? Do abismo?
- Dessa altura.
Mas eu vou estar pronta. Eu sempre vou estar.
te resgataria de qualquer abismo, e seguraria a tua mão pra passar o medo
de qualquer altura. Mesmo assim, não estou querendo me enganar.
Nós somos dois. E quando piscarmos os olhos mesmo pertinho, estaremos só.
só que contigo eu não me vejo, acho que os meus olhos se perdem e eu esqueço
das alturas e dos medos.
do claro e do escuro.
do quente e do frio.
eu esqueço se a manhã é de inverno, ou se a tarde é de verão.
eu esqueço o que eu jamais poderia esquecer, eu esqueço de mim.
e aí, quem tem o que aqui?

domingo, 25 de abril de 2010

mistério.

Um peso que sai, a alma que dança.
são três - exceto um.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Deslizes.



Em outros braços tu resolves tuas crises
Em outras bocas não consigo te esquecer.


(8)

é que a intensidade não muda esse sentido.

Fantasmas cruéis como o da escolha sempre nos levam à algum lugar,
mas quem disse que eles caminham pras forças do bem,
do mal ou seja lá como chamamos toda essa energia que habita isso aqui.
 Eu digo isso, por sentir - Sentir que as escolhas sempre nos trazem uma ferida,
não importa quanto tempo demore,
ventos soprarão mansinho te fazendo sentir frio
 e fazendo tu desejar incondicionalmente ter o calor de qualquer braço,
com qualquer intenção.
Pra mais uma vez impulsionar o ciclo.
Somos nada mais que isso, um ciclo.
Um ciclo de informações que se repetem sem ao menos ter algo em comum.
são repetidamente desiguais.
e se afinam ao perceber as marcas deixadas.
por isso meu infinito particular é assim,
as sete chaves longe de onde qualquer vento leve possa passar.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Tive um sonho nítido e inexplicável:

SONHEI QUE BRINCAVA COM O MEU REFLEXO.

E ai então, acordei tendo de novo a certeza de que é em mim que encontro
a segurança necessária. E que é das minhas mãos que saem a felicidade, só das minhas!
... onde encontro toda paz que eu preciso pra mim, pra ti, pra nós.
E de todas as certezas, e das verdades que te mostro. Que te trago, eu tirei tudo o que
eu preciso.
... por um olhar que vai longe, e que não se entrega.
Eu me permito, sim. Eu só não te dou a permissão. Ela é minha!
tudo é meu!
Estou ligada ao querer e possuir. E o que eu tenho, são os detalhes.
... eu sinto.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

não é, caio?

"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência."

terça-feira, 13 de abril de 2010

Não sei, acho que eu nunca vou conseguir explicar o que é isso aqui dentro de mim, queimando, mexendo, brincando em feridas. Ninguém tinha o direito. Ninguém se quer tem o direito. Eu nunca permiti, nunca permito muitas coisas. Eu sinto que tu não podia ter dito essas coisas. Eu sinto que, que essa proteção me faz um mal sem tamanho. Eu sei que não tenho mais no que acreditar, eu sei que não tenho forças pra falar e que eu estou cansada de tudo isso e queria acordar disso tudo.
Eu sei que absolutamente estou enganada.
eu sei que absolutamente a vida me enganou.
Eu sei que por mais que me digam que vai passar, e tantas outras palavras que soem confortantes ninguém sente, ninguém só sabe saber. Eu sei das minhas vontades, e dos meus riscos, eu sei dos meus recuos e da minha dor, eu sei do meu silêncio e das minhas tentativas, eu sei o que se passa por aqui. Mas o resto do mundo está distante.
E eu sei que estas em outras tantas, que o que passou já nem existe.
e que existem lembranças melhores, e quem sabe mais doces, quem Sabe pra ti ..
quem sabe eu deveria ter continuado só minha, quem sabe agora não adianta mais. Quem sabe daqui em diante ninguém me entenda.
Quem sabe, eu esteja sofrendo quietinha.
quem sabe nunca mais.


eu sei.

sábado, 10 de abril de 2010

é engraçado.
algumas coisas saltam aos olhos da gente, quando nem queremos vê-las.
a leitura pode ser sim, uma forma de sadomasoquismo. bjs OIUEORI

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quando o perigo do amor é virar amizade.
vem o sexo pra provar que pode virar amor.

domingo, 4 de abril de 2010

sabe do que é que a gente precisa? _ disse ela num ímpeto espontâneo.
o quê? _ insinuou ele sugerindo, idéias previsíveis.
um do outro! _ ela diz sem mais.


olhos nos olhos o faria perceber.

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da série: pensamentos!