sexta-feira, 30 de outubro de 2009

mais e aí, e daí. tanto faz!


vim te falar que hoje eu percebi o quanto tropeço em restos.
é, guardo tudo, tudo com o maior carinho. guarde também :)
em qualquer esquina, siga qualquer placa e vire onde sentir
meu cheiro. é certo, vou esperar por ti em qualquer rua dessas
escuras onde a chuva molha nossas roupas e acontece o previsto.
quando tu crescer , e tiver que andar por uma rua dessas
vai entender o que eu sinto, vai entender as minhas mãos geladas
e meu cigarro apagado.
vai entender meu desespero e porque me descabelo toda vez
que o telefone toca e eu não ouço. eu ignoro.
sabe, nessas ruas se tem parte da vida refletida em mistérios
quaisquer. e eu não nego, que me apaixono faço e desfaço como
quem, tira das mãos um pedaço de papel. um rascunho mal feito
ou um poema mal lido, que impressões teremos, e teriamos de ter?
imprevisível, tanto quanto a tua chegada pra mim, tanto quanto
o som de passos qualquer no meu corredor, e batidas suaves
de uma mão desconhecida na porta do meu quarto.
quem és tu? não que importe, não tenho pressa.
sento e te espero, enquanto isso descubro os mistérios que esse whisky tem
a me oferecer.
em noites de janeiro, eu me vejo sozinha e cheia de luz.


luz de esperança que te espera.


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