quarta-feira, 10 de março de 2010

Desgraçada, até o amor .

Dessa vez nada gritou.
era tudo silêncio e dança muda.
não era uma questão de acordar com as galinhas, mas de dormir com elas.
não era uma mochila nas costas, era um salto quinze tilintando nos corredores e uma cinta liga jogada no chão do quarto. E dúzias de cigarros, e auto controle pra imaginar que é pesadelo e que logo logo vai acabar.
não é uma menina com um urso embaixo dos braços, era uma mulher e seus amantes.
seus amantes que por toda a vida ela ignorou, até o fim. Quando num dia de chuva. Com a maquiagem borrada, o silêncio se quebrou e veio o amor, pra lhe mostrar
o que é a dança aos sons, aos toques, e ao prazer.
rosto bonito e agora não mais desconhecido - por uma procura distraída te encontrei (...)
voltou a pegar a mochila, e andar pelos verdes parques e decidiu, deixar pra trás com seus amantes a nicotina. Agora o mundo gritava ao pé de seus ouvidos, como quem canta pra acalmar uma criança.
e o amor, a mante-ve abraçado no seu peito quente, até o dia da solidão.
esse é como a morte.
dá medo. pode ser cruel. e é de verdade.
acompanhado de toda certeza.
uns fogem mais, outros aceitam.
e uns o conhecem só por trás do muro.

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